O Centro de Estudos e Investigação sobre a Criança no Discurso Analítico está na gênese de uma rede de grupos de pesquisa constituída como a Nova Rede CEREDA (NRC) que visa orientar política e epistemicamente trabalhos de investigação em torno das questões surgidas na prática da psicanálise de orientação lacaniana com crianças, que tem por princípio devolver a palavra à criança, na sua condição de sujeito. No Brasil, os institutos alojam essas redes de pesquisa – em São Paulo, o CLIN-a é o instituto que aloja o núcleo do CEREDA: “Ciranda”, com reuniões que acontecem em São Paulo capital e em Ribeirão Preto.

Coordenadores: Camille Apolinário Gavioli e Raquel Diaz Degenszajn

Colaboração: Silvia Jacobo

Horário: Quinta-feira, quinzenal, das 11:30 às 13:00 hs

Datas: 07/03, 21/03, 04/04, 18/04, 09/05, 23/05, 06/06, 20/06, 08/08, 22/08, 05/09, 19/09, 03/10, 17/10, 28/11

Modalidade: Presencialmente na sede do Clin-a São Paulo e online

Inscrições: nucleocirandasp@gmail.com

O Núcleo Ciranda-SP, em sua dupla inscrição no Campo Freudiano – associado ao Clin-a e a NR Cereda – tem como proposta para este ano dar continuidade à pesquisa iniciada em torno do tema “Sonhos e fantasmas na criança”, lançado para as próximas Jornadas do Instituto Psicanalítico da Criança da Universidade Jacques Lacan.

Através da prática da conversação em cada reunião, vamos tomar como ponto de partida o texto de orientação de Daniel Roy[1] para abrir as referências bibliográficas e decantar um traço de pesquisa do Núcleo, constituindo o eixo epistêmico em articulação com a discussão de casos publicados e vinhetas clínicas.


[1]https://www.revistarayuela.com/pt/010/template.php?file=notas/suenos-y-fantasmas-en-el-nino.html

PSICANÁLISE COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES – Ciranda (Ribeirão Preto)

Coordenação: Camille Apolinário Gavioli e Raquel Diaz Degenszajn

Horário: Quinzenal, quintas-feiras das 11:30 às 13:00

Datas: 08/08, 22/08, 05/09, 19/09, 03/10, 17/10, 28/11

Modalidade: Presencial (São Paulo) e on-line

Inscrição: nucleocirandasp@gmail.com

 

O Núcleo Ciranda-SP, em sua dupla inscrição no Campo Freudiano – associado ao Clin-a e a NR Cereda – segue trabalhando o tema de pesquisa “Sonhos e fantasmas na criança”, lançado para as próximas Jornadas do Instituto Psicanalítico da Criança da Universidade Jacques Lacan em março de 2025.

De que modo podemos nos servir desse sintagma para estudar epistêmica e clinicamente o que ocorre na clínica com a criança e o adolescente?

A orientação na experiência analítica é a de ler os significantes em sua materialidade na perspectiva de verificar de que maneira tais significantes se enlaçam à gramática pulsional e ao mais-de gozar, no um a um.

No texto de orientação, Daniel Roy propõe a via do sonho que conduz o sujeito para a realidade e o desejo e a via do objeto que localiza o fantasma como ancoragem e suporte do corpo falante. Sonho e fantasma cifram um gozo e dão lugar ao modo singular de viver a pulsão em uma orientação que será sempre sintomática. O fantasma é uma resposta ao desejo do Outro e causa o desejo próprio, mas também é o modo repetitivo e inercial de gozar que, de modo diferente do sintoma, articula gozo e desejo.

Desejo e realidade têm como suporte o fantasma, realidade prêt-a-porter feita das marcas significantes e de gozo. É nessa superfície que a criança se desloca quando sonha, brinca e fantasia.

A infância é o tempo privilegiado da constituição subjetiva, tempo de anodamentos em que ainda há algo não acabado, não precipitado. Temos, então, a possibilidade de intervir, tal como nos orienta Miller, antes que o ciclo de saber-gozo se encontre estabilizado “e mesmo se ele o estiver, sobra uma margem que permite ainda orientar o ciclo do sintoma, a fim de que o sujeito possa achar nele, sob medida, uma ordem e uma segurança”.

Tomamos essa perspectiva como orientação e nos deixamos ensinar pela clínica com cada criança. A prática da conversação tem nos permitido levantar algumas questões que animam o trabalho de pesquisa na articulação entre sonhos e fantasma: Como ler o sonho nas crianças? Que uso se faz dos sonhos? Que estatuto dar às brincadeiras e sonhos na via da construção do fantasma? Como acompanhar as ficções de modo que permitam localizar o gozo?


Bibliografia:
Roy. D. “Sonhos e fantasmas na criança”. In: https://www.revistarayuela.com/pt/010/template.php?file=notas/suenos-y-fantasmas-en-el-nino.html
Miller. J.A. “Hífen — A criança e o saber”. In: https://ciendigital.com.br/wp-content/uploads/2018/11/CIEN-Digital11.pdf. p.9