Coordenação: Marcos Daniel Teixeira Gomes e Rubens Antônio Fogassi Berlitz
Horário: Quinzenal, sextas-feiras das 14:00 às 15:30
Datas: 09/08, 23/08, 06/09, 20/09, 04/10, 18/10, 01/11, 22/11
Modalidade: Presencial (São Paulo) e on-line
Inscrição: rubensberlitz@hotmail.com e marcosdtg@gmail.com
Para o segundo semestre de 2024, o núcleo de Pesquisa em Apresentação de Pacientes e Psicoses, continuará a pesquisar a questão do fantasma nas psicoses: Há fantasma nas psicoses? Para responder a esta questão, inicialmente nos serviremos de uma entrevista de Lacan em 10 de junho de 1967 na clínica psiquiátrica do Hospício Civil de Estrasburgo e publicada originalmente na revista Cause du Désir 2023/1(N°113), Éditions L’École de la Cause Freudienne, e traduzida na Opção Lacaniana n. 86-87, outubro de 2023.
Seguiremos tentando entender em cada um dos sujeitos psicóticos a função que cumpre o fantasma naqueles que não respondem com a solução paterna o seu modo de estar no mundo. Como os sujeitos psicóticos fazem uso do fantasma? Como pensar a operação do fantasma nas psicoses? Mais precisamente neste semestre ampliaremos a questão sobre a possibilidade de uma clínica diferencial do fantasma.
Freud observa no testemunho de Schreber, o prazer presente no fantasma de emasculação, e então, podemos pensar que antes da construção delirante, Schreber faria um uso do fantasma? Agnès Aflalo, em seu texto de orientação para o Congresso de 2018 sobre As Psicoses Ordinárias e as outras sob transferência, “Empuxo-a-mulher, Empuxo-em-direção-a-mulher, fuga-em-direção-a-mulher”, ao se referir ao homem dos lobos, falará a certa altura do texto em Neo-fantasma e, em várias passagens do seu texto na revista Entrevários, “Reavaliação dos homens dos lobos”, fará referência ao termo “fantasia”.
Se temos a questão sobre a existência do fantasma nas psicoses, podemos em caso afirmativo, pensá-la como apoio para as possíveis solução encontradas pelos sujeitos para se manter no laço social, a saber: as identificações imaginárias, substituições, grampos, delírios e finalmente um sinthome? Seria importante identificar o fantasma de qualquer falasser independente da estrutura clínica para sabermos como nos localizar na transferência?
Enfim, estas são apenas algumas das questões que convidamos a todos a investigar e que a transferência de trabalho nos faço avançar neste tema.