- Coordenação: Laura Mansin
- Horário: Quinzenal, sextas-feiras das 18h00 às 19h30
- Responsáveis: Claudia Regina Santa Silva, Emelice Prado Bagnola, Tatiana Vidotti e Veridiana Marucio
- Datas: 09/08, 23/08, 06/09, 20/09, 04/10, 18/10, 01/11
- Modalidade: Presencial (Campinas)
- Carga horária: 1h30 quinzenal
Propomos sustentar esse trabalho a partir de elaborações advindas de um Atelier de Leitura que aconteceu durante 4 anos. Naquela ocasião, trabalhamos, passo a passo, na leitura dos textos: “A significação do falo”, “Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano” e chegamos ao Seminário livro 6 – “O Desejo e sua interpretação”. Dando continuidade a essa lógica investigativa, outros professores foram convidados, considerando o interesse pelo tema e laços de transferência de trabalho. Assim, queremos trazer ao instituto as consequências da empreitada anterior e ir além nas nossas pesquisas. Temos como objetivo cernir o conceito de fantasia (fantasma) de Freud a Lacan, sob a lupa de Jacques-Allan Miller, com a afirmação de que “A fantasia é a matriz a partir da qual o mundo, a realidade ganha sentido para o sujeito” e seguir em direção ao Seminário livro 14 – A lógica do fantasma, cuja publicação está sendo organizada para breve.
O que é o conceito de fantasma em Lacan? Como servir-se dele na clínica contemporânea, diante do imperativo de gozo? Por que falar sobre o fantasma, nesse momento, no Instituto? O curso pretende transmitir qual é a construção da lógica do fantasma destacando os pontos clínicos cruciais, em diferentes momentos, desde a obra de Freud até ensino de Lacan. O ponto de partida será extraído do texto freudiano “Bate-se em uma criança” e pretende-se percorrer os seminários lacanianos livros 5, 6, 10, 11 e 14. Com Freud, veremos as encenações próprias da fantasia e sua gramática. No Seminário 5 “As formações do inconsciente” acompanharemos a leitura de Lacan do texto freudiano, nos tempos da primazia do simbólico, onde o gozo era considerado imaginário e que poderia ser anulado. No Seminário 6 “O desejo e sua interpretação”, o que está em jogo é a construção do fantasma pela via do significante, do desejo e do imaginário. Já no seminário 10 “A angústia”, com invenção do objeto a, Lacan articula o conceito de objeto entre desejo e gozo. Um objeto inominável, não especularizável e sem representação. Para isso seguiremos o aforismo “a angústia é a única tradução sujetiva” do objeto a localizando passo a passo sutilezas deste giro na prática clínica. Com seminário 11 “Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise”, passaremos pelas operações de alienação e separação e o circuito pulsional para bordear, no fantasma, o real e o gozo. E, para concluir, com o seminário 14 “A lógica do fantasma”, acompanharemos a elaboração dessa lógica na relação íntima do gozo com o próprio corpo. Se a escrita $<>a permanece a mesma ao longo do ensino, apesar da mudança de estatuto do objeto, o que muda no fantasma?