Coordenação: Eduardo Camargo Bueno e James de Moura Valeriano
Horário: Quinzenal, quintas-feiras das 12:00 às 13:30
Datas: 08/08, 22/08, 12/09, 26/09, 10/10, 24/10, 14/11 e 28/11
Modalidade: On-line Inscrição: eduardocbueno77@gmail.com, jamesmoura4@gmail.com
A fala de Lacan aos médicos do hospital Salpêtreire em 1966, publicada com o título “O lugar da psicanálise na medicina” é a referência inicial do trabalho de investigação desse núcleo. Extraímos desta publicação, a leitura de Lacan sobre o corpo na medicina – corpo-máquina, sustentado pela unidade imaginária e as consequências para a prática médica da aliança entre a ciência e o discurso do capitalista: destituição do suposto saber, fragmentação, metrificação, parametrização do corpo e a exclusão do gozo. Extraímos ainda a formulação, o corpo é algo que se goza, que indica a mudança no estatuto do corpo no ensino de Lacan, como consequência da mudança do estatuto do objeto a que deixa de ser restrito ao registro do imaginário.
No decorrer do trabalho tomamos os textos de Freud em que se deu construção do conceito de pulsão como fio condutor para nos orientar quanto aos seus desdobramentos no ensino de Lacan para a elaboração da noção de gozo e suas implicações para a clínica psicanalítica.
No segundo semestre o trabalho se apoiará no texto “Biologia lacaniana e acontecimentos de corpo” de Jaques-Alain Miller e sua indicação de que “É na falha dessa identificação entre o ser e o corpo, é mantendo, em todo caso, que o sujeito tem uma relação de ‘ter’ com o corpo que a psicanálise arranja seu espaço.”. Assim sendo, quais seriam as consequências para a prática analítica dos efeitos da não-relação entre o corpo como organismo e o corpo que se tem?